sábado, 20 de julho de 2013

Princípios Básicos para a Criação de Canários

O Tempo Disponível

Antes de qualquer coisa, é muito importante salientar que o tempo que o iniciante irá dispor para o trato e manutenção do seu plantel deve ser compatível com o número de pássaros que serão criados, evitando assim futuros problemas de manejo. Pois temos que lembrar que na época da cria o número de aves dentro do criadouoro duplica e muitas vezes triplica, ocupando um tempo ainda maior do criador. Por exemplo, se o criador dispõe no seu dia de trabalho apenas do tempo suficiente para cuidar de dez casais, então que só crie dez casais. Pois se ultrapassar este número, você não poderá dar a atenção necessária a todas as aves: verificar os fundos das gaiolas, os poleiros, observar se nenhum filhotinho caiu do ninho, etc. Ou seja o rendimento do seu plantel vai cair e muito. É fato, que com o passar do tempo a prática vai aumentando e a facilidade para com o manejo do plantel também. Por isso aconselho aos iniciantes começarem sua criação com no máximo 10 (dez) casais, de forma que com este número vá adquirindo experiência no trato dos canários. Assim obtendo maiores resultados e satisfações com a sua criação.

Espaço Físico

Para iniciar este assunto, o qual eu considero de extrema importância, devo alertá-los de que a superpopulação é fator prejudicial na criação de canários, acarretando uma significativa queda da fertilidade e da postura, como também aumentando o nível da mortalidade dentro do seu criadouro. 
Bom, de início vamos escolher o lugar onde serão instaladas as gaiolas de criação, considerando que este local deve ser um quarto ou cómodo com iluminação e ventilação bem satisfatórias, pois são quesitos fundamentais para manter a “boa” saúde das suas aves. A ventilação e troca de ar deve ser constante, evitando assim que as aves respirem o ar saturado, que é propício para a proliferação dos ácaros e consequentemente para o surgimento de doenças respiratórias. Não aconselho que o piso do criadouro seja feito de madeira e nem possua buracos ou fendas, já que estes são excelente morada para os piolhos, ácaros e microorganismos. O piso ideal é liso, facilitando a limpeza diária do criadouro. É bom lembrar que a visita de certos insetos, principalmente o pernilongo, é totalmente indesejável. Por isso o criador deve colocar telas na janela e nas saídas de ar para que os insetos estejam impossibilitados de adentrar ao criadouro. Mais uma vez falo a vocês sobre o grande problema da superpopulação, procure criar um casal de canários para cada metro cúbico do criadouro, e não se esqueça de considerar em seu cálculo os filhotes que virão na época da criação.

As Gaiolas

Depois de definido o local para a criação, o iniciante deve se preocupar então, com a compra das gaiolas. Para separar os casais para a criação, a gaiola mais indicada é a Argentina, a qual possui uma divisória que facilita a separação de filhotes para que a mãe inicie nova postura. Estas devem ser dispostas (penduradas) em suportes apropriados, os quais mantém as gaiolas afastadas da parede, posto que se um canário ingerir um pedaço de pintura poderá lhe causar sérios problemas de saúde ou até mesmo a morte. As gaiolas devem estar pelo menos a 30cm do chão facilitando assim a limpeza do pizo. É bom dizer também que a gaiola de cima não deve ficar muito alta, pois isso irá dificultar o manejo que o criador terá com o ninho, na verificação dos ovos por exemplo. O iniciante terá de adquirir também, se possível, uma voadeira, na qual serão colocados os filhotes já separados dos pais. Atitude importante também é a aquisição de grades de fundo extras, isso facilita, e muito, na hora da lavagem das mesmas.

A Compra das Matrizes

A formação do seu plantel deve ser tratada com atenção especial. O cuidado e a observação técnica na compra de qualquer ave é imprescindível para o sucesso da criação. Várias vezes já tive a oportunidade de me deparar com criadores iniciantes se queixando, pois haviam gastado uma verdadeira fortuna com aves para seu plantel, e no ano seguinte qual não foi a surpresa, lamentável! Não adianta apenas comprar exemplares de criadores renomeados, estes canários devem estar gozando de excelente saúde e apresentar qualidades técnicas dentro dos padrões exigidos. Está enganado aquele que pensa que que os grandes criadores só possuem aves de excelente qualidade para a venda, sim eles possuem ótimos exemplares, mas também possuem aqueles pássaros que tecnicamente deixam um pouco a desejar. Por isso procure os criadores dos quais você já tem alguma informação positiva, pois existem pessoas que adoram confundir os iniciantes. 
Bom, então quando for adquirir alguma ave para seu plantel tome muito cuidado e preste atenção nos seguintes itens: 
Só compre canários os quais você tem certeza que possuem uma linhagem bem apurada, geneticamente falando. Procure informações sobre os pais da ave. Este detalhe é muito importante, pois comprando um canário dentro dos padrões você nem sempre está levando junto uma carga genética tão bela como toda aquela beleza esteriótipa.

Analise bem o tipo do canário, seguindo rigorosamente os padrões da cor ou raça. Para isso é muito importante que você possua em suas mãos o manual de julgamento da OBJO.

A saúde do exemplar deve ser impecável, sendo que a barriga não deve apresentar nenhuma mancha escura. Observe patas e bicos. Nas patas não devem ser notadas cracas ou qualquer tipo de infecção micótica, as quais podem ser transmitidas para as aves do seu criadouro. O bico deve ser levado junto ao seu ouvido, não podendo ser notado nenhum tipo de ruido em sua respiração.

Procure adquirir filhotes, pois os adultos que estão sendo vendidos (na maioria das vezes) não agradaram o criador em algum sentido.

Nunca adquira mais pássaros do que o espaço em seu criadouro permita, nem que consumam mais tempo para tratá-los do que você pode dispor.

Além de seguir rigorosamente estes itens, você deve pedir o auxílio técnico de algum criador experiente ou até mesmo da diretoria técnica do seu clube. Esta ajuda será muito importante na sua escolha. Atitude importante também, é não ter pressa. Se naquele criador você não encontrou o pássaro ideal, não hesite em recusar, tenha coragem e diga NÃO!! Tenha um pouco mais de paciência e visite mais criadores.

Alimentação

Este é um assunto complexo e polémico, pois existem vários métodos e receitas de sucesso. Mas para que o iniciante se situe de forma a ficar bem esclarecido com o tema, é importante saber sobre as principais fontes de alimentação que devem ser oferecidas aos canários:

A mistura de sementes: que deve ser de origem conhecida e com o mínimo de poeira ou sujeira. Preste bem atenção no estado das sementes, não podendo ser notado nenhum tipo de fungo ou bolor nas mesmas.

A farinhada que deve ser oferecida aos canários diariamente na época da cria e muda, e três vezes na semana em época de descanso. Existem disponíveis no mercado farinhadas de excelente qualidade, algumas que até já possuem o ovo, complemento indispensável no trato dos canários, na minha ótica. Você também poderá elaborar a sua farinhada caseira, para isso consulte um criador experiente e pegue a receita dele, isto diminui e muito o custo com a alimentação.

A areia é muito importante, pois todos nós sabemos que as aves a utilizam como meio triturador de alimentos em seu organismo, pelo fato de não possuírem dentes. É importante que você escolha uma areia bem limpa, e acrescente nela farinha de ostra ou então casca de ovo moída, sendo estes excelente fonte de cálcio. Misture na proporção de 50% destes elementos para 50% de areia limpa.

O iniciante pode oferecer também às suas aves, verduras frescas, giló e maçã, os quais são muito bem aceitos pelas aves. A verdura que ofereço em meu criadouro é o Almeirão, bem lavado e livre de agrotóxicos.

Não se esqueça de que a água dos potinhos deve ser renovada diariamente, evitando assim o aparecimento de fungos.

A Cria

Ufa!!! Enfim é chegada a grande hora!!! Hora em que iremos preparar nossas aves para a temporada de reprodução. A época mais adequada para o início da cria começa a partir da metade do mês de agosto. Procure já no mês de julho separar os machos, deixando-os sozinhos em sua respectivas gaiolas de criação. Lá pelo dia 10 de agosto coloque a divisória na gaiola, deixando a fêmea no outro compartimento.
Comece a reparar no comportamento do casal, assim que você notar a simpatia entre eles. Por exemplo, o macho alimentar a fêmea através da grade divisória é sinal de que está na hora!! Retire a divisória, coloque o ninho e ofereça constantemente fios de aniagem com o qual a fêmea irá construir seu ninho. Repare que é muito importante que não falte aniagem para a fêmea, pois ela poderá atacar o macho atrás de suas penas. 
As fêmeas costumam botar de 4 a cinco ovos, os quais você deverá substituir por um index (ovinho de plástico), no quarto dia de postura junte-os de volta ao ninho para que assim a fêmea possa chocá-los. Entre o quinto e o oitavo dia de choco você deverá verificar se os ovos estão fecundados (cheios). Para isso é necessário que você construa um ovoscópio, que pode ser feito com uma caixa velha ou então uma lata. Aproximadamente no 13o dia os ovinhos eclodiram. 
Nos primeiros 7 dias de vida é aconselhável que o criador utilize o auxílio de uma papinha própria para alimentar os filhotinhos, isso porque é a faz mais crítica na vida deles, e qualquer ajuda que vier de fora será de muita importância. Lá pelo 6o ou 7o dia de vida devemos anilhar o filhote. 
O anel é importante pois nele estão gravados o seu número de criador, o número do filhote e o ano em que ele nasceu. Estes anéis são fornecidos pela FOB, e podem ser encomendados em seu clube. Bom, para anilhar o filhote precisa-se ter muito cuidado pois eles ainda estão muito frágeis nesta época. O anel deve ser introduzido na pata do filhote passando-se primeiramente os três dedinhos dianteiros, ficando o dedinho traseiro junto à canela do filhote. Este passa pelo anel logo em seguida. 
Tome cuidado, procure anilhá-los se possível no final da tarde, pois a fêmea pode estranhar a anilha jogando o filhotinho para o fundo da gaiola. Se isto acontecer camufle o anel com uma fita adesiva (esparadrapo). Após aproximadamente uns 15 dias os filhotinhos já estarão quase cobertos pelas novas peninhas. Está quase na hora de separá-los da mãe. Espere eles saírem do ninho por vontade própria, coloque a divisória da gaiola, deixando um poleiro bem baixinho e junto da grade divisória, para que os pais possam alimentá-los. Ao mesmo tempo, troque o forro do ninho por um bem limpo, pois com certeza a fêmea iniciará uma nova postura em breve!!! 
Coloque no lado da gaiola em que ficaram os filhotes um potinho com sementes e outro com farinhada, e fique observando se eles já estão se alimentando sozinhos. A partir deste momento, você já poderá separá-los dos pais, mas tenha muito cuidado!!! Tenha certeza de que o filhote está se alimentando direito. Coloque-os em uma voadeira, acumulando no máximo de 15 a 20 filhotes em cada uma, para que os jovens canários possam fazer seus exercícios de vôo livremente. E não se esqueça de oferecer banho a ele.

A Muda

Logo após o período de cria, digo meados de janeiro até março, os filhotes e seus pais irão mudar de pena. Tome muito cuidado!!! Pois é uma das fases mais críticas da vida deles, crítica porque eles utilizam muito da sua energia na troca de suas penas. Nesta época aconselho a você colocar os filhotes nas gaiolas argentinas em no máximo 4 aves por gaiola, passando os pais para as voadeiras, separando os machos das fêmeas.


Conclusão

Espero com esse artigo ter ajudado um pouco no esclarecimento das dúvidas que sempre aparecem quando se está iniciando uma criação de canários. Bom, armas na mão, só resta a vocês tomar coragem e mãos à obra!!!

Boa Sorte!!!

Fábio Rodrigues

segunda-feira, 15 de julho de 2013

sexta-feira, 12 de julho de 2013

COMO REDUZIR A MORTALIDADE DURANTE AS CRIAÇÕES


Por Enrique Moreno Ortega
Veterinário especialista em aves
Canaricultura Muitos fãs na Espanha, e muitas pessoas têm problemas com a mortalidade entre os seus modelos durante a época de reprodução. Às vezes é difícil estabelecer as causas da morte dos canários, mas na maioria das vezes a origem encontra-se em práticas abusivas. Se você seguir os conselhos que dão começará então reduzir significativamente o número de vítimas.
A mortalidade pode ocorrer antes do nascimento (aborto) ou quando o filhote já foi liberada a partir do shell.
ABORTOS
A morte do embrião pode ocorrer nos primeiros dias de incubação, em uma etapa intermédia ou próximo do nascimento.
uma anormalidade) Chromosome, a presença de pesticidas, medicamentos ou toxinas e as infecções transmitidas pelos pais são motivos suficientes para o embrião de morrer em poucos dias de começar a incubação.
b) A morte num período intermediário do desenvolvimento pode ser devido à má nutrição dos pais, que transmitiram as deficiências de seus filhos. Assim, vemos que a falta de vitaminas como a vit. D3, vit. K, Vit B2, B5 vit, vit. B6, vit. B12, biotina, ácido fólico e outras substâncias, tais como manganês, fósforo, ácido linoleico, etc pode ser responsável por acidentes no mesmo período. Esta deficiência nutricional pode ser causado indirectamente por abusar de antibióticos, pois eles destroem a flora digestiva capaz de sintetizar algumas das substâncias acima nos intestinos dos pais.
As infecções virais, infecções bacterianas e fúngicas também podem ser considerados responsáveis pelos abortos nessa faixa etária.
c) Por último, a morte do canário pouco antes do nascimento pode ser devido à presença de genes letais ou anormalidades cromossômicas. Lembre-se que em nossa ânsia de estabelecer certas características dos canários na corrida com o que eles estão trabalhando muitas vezes são usados para a consanguinidade, com todos os efeitos indesejáveis que isso implica.
Deficiência de vitaminas como A, D3, E, K, ácido pantotênico e ácido fólico doenças infecciosas como o ponto famoso "negro" são também responsáveis pela morte do embrião.
Às vezes tão simples como colocar banheiras prática pais ou aumentar a humidade do aviário podem evitar que o pau para pinto dentro do ovo, porque se assim não é possível corretamente girada para quebrar a casca e morrerá na tentativa.
MORTE APÓS NASCIMENTO
Em outros casos, a morte ocorre após o canário já nasceu. Algumas das causas responsáveis são:
a) Abuso de antibióticos.
É prática comum por muitos Canaricultores o abuso de antibióticos nos momentos antes do acasalamento e durante a mesma. Sob o pretexto de "dinheiro" ou preparação para a criação de canários são bombardeados com cocktails de antibióticos. Este desvio de medicamentos resultados na minha opinião, mais mal que bem. Os efeitos indesejáveis que ocorrem são:
• A imunossupressão: há evidências de que certos antibióticos como a tetraciclina, deprimir a função imune em aves, com o consequente risco que poderiam ser infectados por qualquer oportunismo agente infeccioso.
• Aparecimento de resistência bacteriana: por vezes utilizado doses insuficientes ou inadequadas por um tempo. Isso faz com que as bactérias se tornam resistentes a esses medicamentos, de modo que quando você realmente não precisa nos servir.
• Distúrbios gastrointestinais com antibióticos não só eliminar as bactérias perigosas como também benéfica, segundo o responsável para fazer substâncias úteis ao organismo do canário como as vitaminas.
• Aparecimento de infecções fúngicas: as bactérias e os fungos estão em equilíbrio no intestino das aves, eliminando assim um dos grupos favorece o crescimento excessivo do outro. Por exemplo, o uso excessivo de tetraciclinas é fácil que apareça a candidíase.
• Alteração do desenvolvimento embrionário: algumas substâncias como as penicilinas, tetraciclinas, cloranfenicol, sulfonamidas e foi encontrado para interferir com o desenvolvimento embrionário normal. Embora a maioria das investigações foram conduzidas em antibióticos antigos, como os mencionados acima, é possível que o novo não-perigoso também. Seria razoável nestes casos, a medicação usada com cuidado em mulheres que estão colocando.
b) Hipo ou hipervitaminose.
Pequenas deficiências de vitaminas nas Canárias pode ser ampliada durante a reprodução, especialmente se você fizer vários lugares. E é que os níveis adequados para um adulto podem ser insuficientes para uma fêmea que está levantando.
Atualmente também é possível encontrar casos de hipervitaminose, já que é habitual para o canaricultor acrescentar suplementos de vitaminas para o mercado de massa de reprodução, já que muitas vezes vêm com os níveis de vitaminas necessárias. Esta vitamina em excesso não é menos prejudicial do que a falta dele. c) A preparação inadequada de alimentos.
A grande maioria dos criadores de canários costumam usar alimentos molhados para incentivar a alimentação dos filhotes pelos pais. O uso de sementes germinadas, cole o cous cous ou molhado pode ser prejudicial se não for preparada adequadamente ou se não for demasiado longo para atingir as aves. E é que altas temperaturas e umidade favorecem o molde de alimentos, não surpreende que os jovens de gripe aviária muitos sofrem de infecções por Candida.
d) falta de higiene.
A época de reprodução é uma época de trabalho árduo para o canaricultor, então às vezes a higiene é um aspecto que é negligenciado. Isto promove a infecções bacterianas intestinais que estão sendo traduzidos para diarréia em filhotes.
Em outras vezes, em uma tentativa de manter o pássaro quente, não há instalações de ventilação deficiente, com os consequentes problemas respiratórios (dificuldade respiratória, sinusite, etc.) Em aves.
Estas são algumas das causas de mortalidade durante os canários reprodutores. Infelizmente não os únicos, mas eles podem mais facilmente obter a evitar. Em situações de mortalidade generalizada é aconselhável requerer os serviços de um veterinário especialista em aves.
© Enrique Moreno Ortega

Doenças mais comuns em canários

79JULHO 23, 2012 em Doenças por 
Segue abaixo uma lista de doenças mais comuns em canários:
1 – ENTERITE
Sintomas: Dores abdominais, diarréia, plumas da cloaca sujas pelas fezes, estrias de sangue. Abdômen duro, vermelho violeta. Pára de cantar. Tem muita sede. Emagrecimento rápido.
Tratamento: Dependendo da causa: Vermífugos, coccidiostáticos, antibióticos, antimicóticos. Eliminar as verduras. É útil a administração de 2 gotas de Aderogil no bebedouro de 50 cc.
2 – INDIGESTÃO / CONSTIPAÇÃO
Sintomas: Ventre inchado. Fezes duras, cloaca inchada e de cor vermelha. Dificuldade de evacuação.
Tratamento: Dar no bico 2 gotas de óleo de parafina. Introduzir, prudentemente, na cloaca um pouco de azeite de oliva. Administrar verduras, maçã e infusão de tília para beber.
3 – COLIBACILOSE
Sintomas: Sonolência. Falta de apetite. O pássaro se retira para um canto da gaiola. Diarréia esverdeada que deixa as penas ao redor da cloaca sujas. Vômitos freqüentes de alimentos misturados a uma substância e a um fluido esverdeado. Nesses casos a mortalidade é muita elevada entre o primeiro e o segundo dia.
Tratamento: Dentre outros, mencionamos: Zooserine, quemicetina solúvel, Cloranvex e Gentamicina (colírio 1 gota no bico). A medicação deve ser oferecida conforme a bula.
4 – SALMONELOSE
Sintomas: Na forma fulminante o pássaro se retira para um canto da gaiola e fica a dormir, com as penas soltas, asas caídas e com a respiração ofegante. Morte repentina. A parasitose em forma fulminante tem incubação de 1 a 3 dias.
Tratamento: O mesmo descrito no item 3. Além desse, pode ser feito tratamento com sulfas (Vetococ, Neosulmetina, Coccirex). Nota: Durante a criação deve ser evitados o uso indiscriminado de produtos com sulfa, porque esterilizam o macho por 22 dias aumentando bastante o risco de complicações com Cândida.
5 – SALMONELOSE – Forma aguda incubação (3 a 5 dias).
Sintomas: Na forma aguda o pássaro pára de cantar. Falta-lhe vivacidade e o mesmo se retiram para o canto da gaiola com as penas eriçadas e os olhos semicerrados. Inapetência, muita sede e diarréia verde-amarelada. Cloaca suja de fezes, ventre inchado e respiração ofegante.
Tratamento: Além dos medicamentos indicados no caso precedente, dar sulfas com os cuidados recomendados. Os pássaros que conseguem ser curados ficam por via de regra, portadores de germes.
6-STREPTOCOCOS
Sintomas: Sono contínuo. O pássaro se isola em um canto da gaiola. Cloaca suja pela diarréia.Emagrecimento rápido. Respiração ofegante. A cauda e as asas caídas. Aumento do ritmo respiratório, bico aberto. O pássaro pode, de tempos em tempos, emitir ruído agudo.
Tratamento: Durante 5 dias deve ser oferecido ao pássaro doente um dos seguintes produtos: 100 PS (vide bula), Tylan 200 (1 gota no bico).
7 – TIFOS
Sintomas: Asas caídas, penas soltas e diarréia verde. Mortalidade muita elevada e rápida, entre 12 e 24 horas.
Tratamento: O mesmo que os itens 3 e 5.
8 – HEPATITE.
Sintomas: Falta de apetite ou fome exagerados. Manchas violáceas no ventre, com hipertrofia do lóbulo hepático.
Tratamento: Pro Livre (5 gotas no bebedouro) noz vômica, Antitóxico SM (vide bula), Epocler (10 gotas no bebedouro por 5 dias). Recomenda-se suspender a farinhada e manter somente alpiste e chicória.
9 – VARIOLA / BOUBA (forma aguda)
Sintomas: A princípio, não apresenta nenhum sintoma particular. O pássaro fica apático e se retira para um canto da gaiola com as penas eriçadas e respiração difícil. Na chamada forma diftérica o vírus provoca o aparecimento de pequenas placas como se fossem membranas branco amareladas na boca e nas vias respiratórias causando sérios problemas.
Tratamento: Neste caso a antibioticoterapia é geralmente ineficaz; a única ação válida é preventiva por vacinação. Existe à francesa “Kanapox” Rhone Merieux e a americana “Poximune C” Biomune Inc.
10- VARÍOLA/BOUBA(forma crônica)
Sintomas: A princípio, a queda de pequenas penas ao redor dos olhos. As pálpebras engrossam. Pode parecer plefarite com secreção purulenta que fecha o olho. Lesões epiteliais típicas da varíola. Furúnculos com até 5mm de diâmetro, de cor amarelada/esbranquiçada cheios de líquido purulento. Por vezes eles se cobrem de uma membrana que parece casca e atinge com mais freqüência a fixação do bico junto à cabeça e cavidade interna do bico, faringe e ouvidos. As generalidades dos sintomas são aquelas da forma aguda.
Tratamento: A forma cutânea pode ser tratada com tintura de iodo ou mercúrio cromo em uma solução alcoólica a 3% ou Thuya. A Quemicetina (4 gotas no bebedouro) pode, em alguns casos, mostrar eficiência.
11 – CORIZA
Sintomas: Falta de vivacidade, anorexia, corrimento de cerume das narinas, que pode se tornar um ranho purulento, continuamente freqüente, com tosse. Respiração difícil. Mucosa congestionada.
Tratamento: Limpar as cavidades das narinas com algodão impregnado com permanganato de potássio solução 1/1000. Dar um dos seguintes remédios 100 PS conforme a bula. Linco Spectrin 1 g em 1,5 L. de água, Tylan 200, 1 gota no bico. O tratamento deve ser mantido até o desaparecimento da doença.
12 – DOENÇA RESPIRATÓRIA (crônica) – D.R.C.
Sintomas: Dificuldade de respiração, espirros, corrimento nasal e ocular. Esta doença é bastante semelhante à coriza.
Tratamento: Tylan 200 (1 gota no bico), Linco Spectin (1g em 1,5 I. de água), Ofticor (2 gotas no bico). Tratamento de 1 semana.
13 – SINUSITE INFECCIOSA
Sintomas: Corrimento freqüente das narinas e dos olhos que ficam injetados com inchação ao seu redor podendo apresentar pus. O pássaro não come e permanece com a cabeça embaixo das penas recolhido num canto do poleiro ou no fundo da gaiola. Esfrega, seguidamente, o bico contra o poleiro ou arame. Respiração difícil.
Tratamento: Lavar as narinas e olhos com água morna. Pingar 1 gota de Hidrossin em cada narina. Na água pode ser usado Auromicina Avícola, Vetococ, Tylan 200 ou Linco Spectin. A medicação deve ser oferecida conforme a bula.
14 – PNEUMONIA
Sintomas: Falta de vivacidade. Respiração difícil. O bico pode ficar com uma cor violeta. O pássaro coloca a cabeça para trás debaixo da asa. A cauda acompanha o ritmo respiratório. Febre, asas caídas, penas eriçadas.
Tratamento: Baytril ou Tylan 200 (1 gota no bico) Linco Spectin, Oftcor (2 gotas no bico). Reforçar a alimentação adicionando vitaminas na farinhada.
15 – AEROSACULITE
Sintomas: Respiração difícil e ruidosa com silvos pronunciados. Falta de vivacidade, o pássaro fica infértil e não canta.
Tratamento: O mesmo do item 14.
16- ASMA
Sintomas: Respiração difícil com acesso asmático muito intenso e freqüente. Queda do poleiro; morte por asfixia. Nos casos muitos graves, imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas. Respiração acelerada intermitente com emissão do pequemos gemidos.
Tratamento: Administrar os mesmos medicamentos do item 14.
17 – MUDA ANORMAL
Sintomas: Muda de penas fora de tempo, irregularidade na formação das penas ou quedas contínuas.
Tratamento: Identificar e sanar o problema que pode ser: Mudanças bruscas de temperatura; excesso de calor ou frio; local muito úmido ou muito seco; correntes de ar; mudança de alimentação; Stress; baixa luminosidade durante o dia; excesso de luminosidade artificial. Identificada à causa, administrar boa farinhada enriquecida com vitaminas e mineral diariamente.
18 – TEIGNE
Sintomas: manchas redondas ao redor das pálpebras, perto do bico ou ainda nos ouvidos com formação de escamas seca.
Tratamento: desinfetar bem a gaiola, com Biocid. Aplicar com cautela pomada antimicótica, Canesten.
19 – PARASITOSE EXTERNA
Sintomas: queda de plumagem, emagrecimento, anemia demonstrando as patas pálidas e olhar comprimidos.
Tratamento: desinfetar a casa 3 meses com Kil Red (20 g para 6 litros de água), gaiolas, equipamentos e pássaros. É indispensável que o produto seja pulverizado nas paredes e estantes. O SBP também pode ser usado, contudo, como se volatiliza rapidamente, o risco de reinfestaçâo é maior.
20 – PIPOCAS DAS PATAS
Sintomas: inchação das juntas e furúnculos nas patas.
Tratamento: Aplicar pomada Nebacetin até a cura e dar na água 5 gotas de Benzitrat.
21 – STREES
Sintomas: O pássaro fica sonolento, abatido. Muito especialmente ao retornar de exposições ou viagens longas. Tumulto dentro do canaril provoca agitação nos pássaros, causando-lhes stress.
Tratamento: administrar vitaminas: Potenay 812, ou Vita Gold (5 gotas no bebedouro) e farinhada reforçada com Rosivolt, maça, verdura e jiló.
22- INFERTILIDADE
Sintomas: ovos claros, o pássaro não entra em forma para reprodução. A fêmea recusa sempre o macho ou vice versa.
Tratamento: vitaminas e alimentação sadia devem ser oferecidos aos pássaros para que na época da reprodução estejam em forma. E recomendável adicionar em 1 quilo de farinhada seca 2 gramas de Vitamina “E” em pó.
23 CANDIDIASE
Sintomas: Penas arrepiadas, falta de apetite, dificuldade para ingerir alimentos, vômitos e às vezes diarréia.
Tratamento: Assim que aparecer os primeiros sintomas, bons resultados são conseguidos com Micostatin (1 gota no bico) e 8 gotas no bebedouro. Nizoral (1 comprimido transformado em pó adicionado a 1 quilo de farinhada seca) também produz bom efeito.
24 COCCIDIOSE
Sintomas: A cossidiose raramente provoca mortes rápidas. As penas ficam eriçadas, a ave fica abatida surgindo 0 osso do peito saliente, chamado de peito de falcão. Desidratação e diarréia com fezes com estrias de sangue ou de coloração bem escura.
Tratamento: Vetoco, Coccirex e Amprolium. Os medicamentos devem ser ministrados de acordo com as bulas. Recomenda-se adicionar a farinhada complexo vitamínico e Hidrax ou Pedyalite.
25 ASPERGILOSE RESPIRATÓRIA
Sintomas: O tratamento é difícil; o ideal é prevenir tratando as sementes com um alumino silicato (seqüestraste). De qualquer forma a cura pode ser tentada com Ancotil na dosagem de 120 a 250 mg por quilo de farinhada seca, oferecida por 3 dias.
Movimento de cauda acompanhando a respiração, abrir e fechar do bico com muita freqüência. A respiração em alguns casos é bastante ruidosa.
Tratamento: Não há tratamento satisfatório com medicamentos específicos, contudo, algum resultado pode ser conseguido com NF 180 (2 g para 1 quilo de farinhada seca) e complexo vitamínico para melhorar a resistência.
26 ÁCAROS RESPIRATÓRIOS
Sintomas: acesso asmático repentino, porém mais freqüente à noite e à tardinha, ou depois de se alimentar. Respiração penosa, sibilante, com assobio. Acesso de tosse com expectoração contento muitas ácaros. Plumagem em desalinho, abertura do bico sincronizado com os movimentos respiratórios. Após as crises, os pássaros voltam ao estado de aparente normalidade. A presença de ácaros respiratórios Sternostoma Traqueacolum – ocorre, em maior ou menor grau, na maioria dos criadouros.
Tratamento: isolar o pássaro doente. Desinfetar as gaiolas todos os dias com solução Biocid na proporção 2 ml por litro de água. Aplicar vacinação adotando o processo de arrancar algumas penas da coxa do pássaro, esfregando, levemente, uma gota de Ivomec. A medição deve ser repetida 15 dias após e na segunda aplicação da vacina não havendo melhora do pássaro, o mesmo não está acometido de ácaros, devendo ser tentado outro tratamento.
27 – CARÊNCIA DE VITAMINAS
Sintomas: falta vigor, queda de penas fora de época e falta de apetite. Os machos não cantam e de modo geral o pássaro fica adormecido durante o dia no fundo da gaiola.
Tratamento: oferecer 5 gotas de Potenay B12 ou Vita-Gold em bebedouro de 60 ml de água, diariamente. Alternar com Ferro SM no bebedouro por período de 15 a 20 dias. Alimentação enriquecida com maça, jiló e verduras em dias alternados durante 30 dias. Banhos nos dias quentes e sol durante 15 minutos no horário da manhã. A farinhada com ovo cosido não deve faltar.




Alimentando os filhotes

domingo, 7 de julho de 2013

CANÁRIOS

A FORMAÇÃO DA COR DO CANÁRIO

Márcio Fernandes
Juiz OBJO


Conforme é do conhecimento geral, a cor do canário é formada basicamente por lipocromo e melaninas. Mas, afinal de contas, o que são lipocromo e melaninas?

LIPOCROMOS

Os lipocromos são formados por pigmentos chamados carotenóides que podem ser do tipo carotenos e xantofilas. Pelo tipo de lipocromos os canários podem ser:

* Amarelo e Amarelo Marfim, pela origem dos canários ancestrais;
* Vermelho e Vermelho Marfim, pela hibridação com o Tarim da Venezuela;
* Branco e Branco Dominante, pela ausência total de qualquer tipo de lipocromo.

Ao contrário, a cantaxantina, que não existe na alimentação normal do canário, tem que ser adicionada. É depositada diretamente nas penas, não formando reservas no organismo. Se o fornecimento for suspenso, as penas em crescimento se tornarão mais claras, daí a necessidade da adição continuada da cantaxantina na alimentação, ao menos durante o período da muda.

ALIMENTAÇÃO X DEPÓSITOS DE LIPOCROMOS

Sendo os depósitos de lipocromo diretamente influenciados pela alimentação, podemos alterar a cor original do canário, definida por seu patrimônio genético, manipulando a alimentação. Alguns exemplos:

As verduras contém pigmentos vegetais, especialmente a zeaxantina, com a forte tendência a dourar nossos canários amarelos, afetando negativamente a qualidade do lipocromo. Quanto mais verde, mais zeaxantina a verdura contém. É interessante ressaltar que, no caso do fator marfim, este efeito é benéfico à cor. Ao invés de dourar o canário amarelo marfim, o excesso de zeaxantina intensifica sua cor. O uso de um lipotrópico, produtos com base em cloreto de colina e metionina, que atue sobre o fígado, acelerando o metabolismo, intensifica a deposição do lipocromo, melhorando a cor.

A gema do ovo, o milho amarelo, o gérmen de trigo, a alfafa (muito pouco usado na ração de canários), contém muita zeaxantina, daí provocar os mesmos efeitos que as verduras frescas quando fornecidas em excesso.

Os carotenóides competem com a cantaxantina na coloração dos canários vermelhos, daí a recomendação de se evitar rações ricas em outros carotenóides quando da muda de canários desta cor.

A luteína é abundante nas sementes

MELANINAS

Teorias mais modernas reconhecem 3 tipos de melanina: Eumelanina Negra, Eumelanina Marron e Feomelanina. As melaninas são formadas no organismo e depositadas nas penas por processos internos, diretamente ligados à Tirosina, um aminoácido presente no sangue dos canários. A Tirosinase, enzima que participa do processo de oxidação da Tirosina, fabrica uma molécula em forma de oito, que associada à presença da enzima Tirosinase e a intensidade da melanização é diretamente proporcional à quantidade de Tirosina disponível no processo de oxidação. Os processos de polimerização vão determinar a formação da Eumelanina Negra, Eumelanina Marrom e/ou Feomelanina.

ALIMENTAÇÃO X DEPÓSITOS DE MELANINA

Como o processo de melanização não depende diretamente da alimentação, não há como influenciar diretamente os depósitos.

Aditivos comerciais disponíveis no comércio de produtos para canários, que oferecem intensificação da melanização pela sua adição à alimentação foram testados e nenhum resultado significativo foi detectado.

É evidente que fornecendo-se alimento que intensifique o brilho da plumagem, por exemplo, esta mostrará melhor as melaninas do canário, bem como seu desenho, tornando-o melhor aos olhos dos apreciadores.

Assim a recomendação neste momento é fornecer um teor maior que o normal de lipídeos durante a muda para tornar a plumagem mais sedosa, com mais brilho e assim demonstrar melhor o tipo do canário.

Fonte: artigo retirado da internet (site: www.canaryland.com.br)

Bibliografia:
-Le Canari
-Précis de Canariculture Maurice Pomarède
-Editions du Point Vetérinaire
-Como Criar Canários
-Frans Kop Vade
-Mécum do Criador.

CAUSAS DE MORTE NOS FILHOTES

CAUSAS DE MORTE NOS FILHOTES

Quando os filhotes morrem até ao terceiro dia, normalmente é porque os pais não os alimentam suficientemente bem, e vão enfraquecendo, acabando por morrer nos três primeiros dias.Daí ser sempre conveniente, no mínimo, observar de manhã, por volta das 8 horas se já têm o papo cheio, se não teremos que lhes dar a comida. Também é conveniente verificar por volta das 12 ou 13 horas, idem, depois pelo menos à noite, antes cerca de uma hora das luzes se apagarem, ou no caso de ser iluminação natural, antes do anoitecxer, que é para eles não passarem a noite toda sem nada no papo. Quando os pais não os alimentam, deveremos dar papas de 2 a 3 horas de intervalo no máximo, nos primeiros 5 dias. É que normalmente após uns dias de termos colaborado na alimentação dos filhotes, entretanto estes já ganharam força suficiente para pedirem a comida aos pais, passando estes a alimenta-los convenientemente. Também, será oportuno lembrar que nesta altura a iluminação deverá ter a duração pelo menos de 15 horas, das 6:30h da manhã, as 21:30 horas da noite.
Existem no mercado especializado, papas próprias para a cria à mão, por palito ou através de seringa, devendo no entanto escolher-se a mais adequada ao tipo de raças que estamos a criar.
A título de exemplo lembro que o valor protéico das papa terá que variar conforme os tamanhos das raças, assim dou alguns exemplos, raças de pequeno porte, como: os Canários de cor, Glosters, fife-Fancy e Lizards, necessitam até ao trinta dias de papas (quer de cria à mão, quer de comedouro), com um valor protéico bruto de aproximadamente 26%. Para canários de médio porte, como: Border, Norwich e Frizado do Sul, cerca de 29%, para grande porte, como: Crest, Yorkshire, Frizado do Norte e Pduano, cerca de 32%, e para raças gigantes, como o: Lancashire e Frizado Parisiense, 38% de proteína bruta. É claro que não encontrará papas no mercado com todas as características, pois ficam muito mais caras, devo dizer que a papa que eu utilizo para os meus Parisienses, deverá juntar à papa de cria à mão Proteínas vegetal e animal, ou seja, por exemplo de soja e lactoalbumina, que contém todos os aminoácidos necessários ao desenvolvimento, devendo ser equilibrada em 45% de proteína vegetal: 55% de proteína animal, acompanhadas de fosfato bicalcico, para um melhor desenvolvimento ósseo.
Nesta altura a Gordura bruta deverá ter um valor máximo de 8%, os minerais que na vida normal são de 3%, nesta altura terão de triplicar, as fibras e cinzas na ordem dos 3%. É conveniente entre a mistura que se fornece a os papas, os Hidratos de Carbono andarem pelos 58 a 60%, o que quer dizer que não se deve fornecer muita aveia juntamente com o alpiste, pois torna-se muito indigesta.
A ambas as papas deveremos juntar um Probiótico à base de lactobacilos, para reposição constante de flora intestinal, e um antibiótico leve, próprio para crias, para prevenção de doenças intestinais. A papa de cria à mão normalmente só é utilizada durante os primeiros 8 a 10 dias, pois a partir dessa altura não a aceitam mais, daí, na papa que se coloca no comedouro para os pais a fornecerem aos filhotes, deverá continuar a possuir as qualidades protéicas e todas as outras acima referidas, pelo menos nos primeiros 30 dias de vida.
Se morrerem após o quinto ou sexto dia, é bem mais grave, pois se passam os 3 primeiros dias, não se trata de falta de alimentação, mas sim de doença, pois, muito embora eles possam morrer em estado de eventual magreza, deve-se ao fato de estarem doentes e os pais ao constatarem isso, na maioria dos casos acabam por lhes deixar de dar comer.
Normalmente a doença que aparecer entre quinto e o décimo segundo dia é a Colibacilose, originada pela bactéria Ech.Coli, que é a que mais mata no ninho, a par eventualmente da Proventiculite.
Se os pais estão aparentemente bem, é Colibacilose. Se os pais estão um pouco abatidos, a ficar gradualmente magros, é bem pior, é Proventriculite, e esta doença praticamente não tem cura.
Vamos começar pela hipótese da Colibacilose; A colibacilose normalmente tem duas vertentes que atacam ao mesmo tempo, que é a de via intestinal e a de via respiratória, daí há necessidade de efetuar um tratamento, 5 dias antes da previsível postura (este tratamento põe-os imunes durante 15 dias a 3 semanas), com um antibiótico que possua a capacidade de prevenir a Colibacilose, Coccidiose, Salmonelose e Micoplasma, que normalmente será necessários associar-se dois antibióticos, que sejam compatíveis, administrar pelos menos 5 dias, sempre com complexo vitamínico-mineral-aminoácido.
Tal como outros grandes criadores nacionais e estrangeiros, eu não aconselho dar legumes na época das criações, pelo menos nos primeiros dias pois embora sejam muito apetecíveis, são a causa da origem da salmoneloses e colibaciloses, já que ou estão mal lavados, ou demasiado indigestos, face à fermentação, para além de nos canários de porte ser um fator de fraco desenvolvimento. Eu próprio não dou legumes aos meus canários há três anos, e tenho casais a criar desde 1995, que nunca estiveram doentes. Claro que, os legumes são ricos em minerais e sódio, que tudo isto é facilmente substituível com um complexo multimineral (eu utilizo um à base de extratos de algas). O sódio resolveremos com uma colher de sopa de sal de cozinha, por cada quilo de papa. O sódio é importante porque evita o picacismo e canibalismo. Quanto à fruta, nesta altura não dar mais que um pouco de maçã e ou cenoura cortada e não ralada, pois a cenoura ralada azeda e fermenta de imediato, uma vez por semana.
Dar menos sementes negras (gordas) e mais papas, devendo 15 dias antes das criações dar dia sim dia não, dar todos os dias durante a época da postura, parar na incubação e recomeçar a dar 2 dias antes do filhotes nascerem, a partir daí dar todos os dias até à sua separação, entretanto os pais no novo ciclo da incubação, continuando os filhotes com papa diária até os 45 dias, retomando depois uma alimentação normal.
Se a papa é de molhar, nunca deve ficar de um dia para o outro, e se a umidade da papa é grande, e a umidade ambiente é mais de 60%, deverá estar disponível para os canários no máximo 2 horas.
À noite convém deixar a chamada papa úmida (de ovo), e para a enriquecer um pouco, deverá juntar-se lhe papa úmida de insectívoros, pois tem mais proteína.

Luiz Pirez Ovar
Revista Pássaros Ano 7-nro 33/2002
Arquivo editado em 25 Maio 2003
Artigo retirado do site: http://www.criadourokakapo.com

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